terça-feira, 26 de julho de 2011

Lançamento "Umbanda: Ceará em Transe" e "Festa de Iemanjá", de Ismael Pordeus Jr (11.8)


Umbanda: Ceará em Transe (2ª edição) e

Festa de Iemanjá

de Ismael Pordeus Jr.


Data

11 de agosto de 2011

Horário

a partir das 18h

Local

Museu do Ceará (Rua São Paulo, 51, Centro – ao lado da Praça dos Leões — Fone: 3101.2609/ 2610)


Preço de lançamento:

Umbanda: Ceará em Transe – R$ 10,00

Festa de Iemanjá – R$ 20,00


Apresentação das obras:

Prof. Dr. Alexandre Vale

(Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Coordenador do Laboratório de Estudos da Oralidade da UECE).


ESPECIAL:

"Baia de Umbanda" com os filhos e filhas do Terreiro do Senhor Ogum Megê,

de Mãe Zimar.


Sobre “Festa de Iemanjá”: Em 1978, o jovem antropólogo Ismael Pordeus Jr. fotografou a festa de Iemanjá (dia 15 de agosto) na Praia do Futuro. Os diapositivos ficaram guardados durante trinta e três anos e mantiveram uma qualidade que não se comprometeu com a unidade, com os fungos ou com o manuseio das imagens. A iniciativa de publicar o livro veio dessa descoberta. Então, o Autor escreveu a apresentação que atualiza a festa para o contexto contemporâneo. São ensaios que teorizam e fazem a etnografia do ritual desenvolvido à beira mar de Fortaleza. O livro reúne tempos diferentes, sob a mesmo ótica e a escrita que não deixa de ser acadêmica, baseada que está nos clássicos deste campo, mas que pretende ser acessível a um maior número de leitores, como o pessoal dos terreiros, por exemplo. As imagens (quase oitenta fotos distribuídas em 108 páginas) mostram a festa em seu esplendor, antes da emergência da violência urbana, que fez com que muita gente fugisse das areias da Praia do Futuro, no dia da padroeira de Fortaleza. Trata-se de um rico material acompanhado por uma reflexão profunda do pesquisador e antropólogo Ismael Pordeus Jr.

Sobre “Umbanda: Ceará em transe”: A primeira edição, também integrante da coleção Outras Histórias, lançada em 2006, logo esgotou-se. Obra pioneira sobre a umbanda cearense, contribui para uma melhor compreensão da emergência e para a permanência destes rituais no panorama do Estado. Traz uma entrevista significativa com Mãe Júlia, a portuguesa que instalou um terreiro em Fortaleza, nos anos 1950, e que foi uma liderança na luta para que os cultos deixassem de ser caso de polícia e ganhassem autorização para o seu funcionamento. Fala da Festa de Iemanjá, a maior festa pública destes cultos em nossa cidade, bem como da importância do “Preto Velho”, como curandeiro, com sabedoria de vida e presença constante nas giras, para espanto dos que bradam sobre a inexistência da herança africana entre nós, cearenses. O Autor trabalha também com o que chama de “reetnização” da Umbanda, cujos fundamentos passam a ser reivindicados por etnias indígenas, em processo de reconhecimento e de demarcação de terras. A segunda edição homenageia, em memória, dona Neide Alencar e seu Didi, dois sacerdotes destes cultos que muito contribuíram para a concretização da obra.

Sobre o Autor: Ismael Pordeus Jr. nasceu em Fortaleza, filho do historiador Ismael Pordeus (À Margem de Dona Guidinha do Poço) e de Augediva Jucá Pordeus. Prestou vestibular para Ciências Sociais, mas sua opção foi, desde sempre, pela Antropologia. Interrompeu o curso e viajou para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na José Olympio Editora. Voltou, se graduou e logo ingressou no Magistério Superior (UFC).Fez o dea na França, com Jean Duvignaud, primeiro em Tours, depois em Paris. O Doutorado foi cumprido em Lyon sob orientação de François Laplantine. Estudou o Exu, ponto de partida para suas pesquisas no campo das religiões afro-brasileiras. Defendeu tese de Professor Titular em Antropologia, em 1992, publicada com o título de A Magia do Trabalho (Fortaleza, Secult, 1993), livro que ganhou segunda edição pela editora paulista Terceira Margem, em 2000. Coordenou o Programa de Pós Graduação em Sociologia da UFC. Esteve, por oito anos, à frente do Acordo CAPES-COFEPU, de intercâmbio internacional entre a UFC e a Université Lumière-Lyon2, da qual foi professor visitante em duas ocasiões. Fez Pós-Doutorado em Lyon2 e, nesse período, realizou a primeira pesquisa em Portugal, onde conheceu Virgínia Albuquerque, que se iniciou no Brasil, e montou o primeiro terreiro de Lisboa, protagonista de seu livro Uma Casa Luso-Afro-Portuguesa com Certeza (São Paulo, Terceira Margem, 2000). Publicou, pelo Museu do Ceará, Ceará em Transe (2006), série de estudos sobre Umbanda, com ênfase no contexto onde vive e atua profissionalmente. Aposentou-se da UFC, em 2008, mas continua a fazer suas pesquisas aqui e em Portugal.


Realização

Secretaria da Cultura do Estado do Ceará

Museu do Ceará

Associação de Amigos do Museu do Ceará

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