domingo, 23 de setembro de 2012

"Biografia breve para lançamento de "Sobral do Meu Tempo", especial de 30 anos, do jornalista Lustosa da Costa (27.9)


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“Se não pudesse escrever no jornal, ia escrever numa parede,
numa rádio, pela necessidade que tenho de expressar o que sinto.
Essa é uma tentativa, talvez vã, de achar
que o jornalista muda um pouco — ou melhora — o mundo.”
L. C.

Lustosa da Costa nasceu em 10 de setembro de 1938, em Cajazeiras, Paraíba, filho de Francisco Ferreira Costa e de Maria Dolores Lustosa da Costa. Criou-se, entretanto, desde 1942, em Sobral, Ceará. Em 1947, com apenas 9 anos, o pequeno e tímido Lustosa, estudante do Educandário São José,  já assinava o seu pequeno “Diário de repórter político”.
Mais tarde, ainda em Sobral, viciado em leituras de livros e jornais, ao lado de Aldo Melo, lançou o jornal O Idealista, de único número. No IAPC, órgão em que seu pai trabalhava, sobre uma Remington, escrevia cartas ao Presidente da República, à revista Era Uma Vez (de Belo Horizonte), fazia pedido à editora Melhoramentos, redigia manifestos políticos e mantinha seu Diário, escrevendo sobre os padres, igrejas, missas, campanhas eleitorais e outros.
Era certo: seria repórter político!
Assim, em 1954, publica seu primeiro artigo, assinando “L.C.”, no Correio da Semana, de Sobral, logo após a morte de Getúlio Vargas. Em 1956, com a família, voltou a Fortaleza e, em 1962, formou-se em Direito e exerceu magistério universitário.
Em 1966, candidato a deputado federal pelo MDB, sendo o mais votado em Fortaleza.
Trabalhou em vários órgãos de imprensa da cidade, rádio, jornal e televisão, tendo sido editor-chefe do Unitário, convidado por Eduardo Campos, e Correio do Ceará, jornais extintos da cadeia “associada”.
Com Dorian Sampaio publicou o Anuário do Ceará (1971 até 1974) e, em 1982, publicou, pela coleção Lima Barreto do Senado Federal, Sobral do meu tempo, crônicas e artigos, sendo aplaudido pela crítica, inclusive, de Jorge Amado que, num jantar, revelou ter lido a obra, enviada a ele pela Universidade Federal do Ceará, quando Paulo Elpídio Neto era reitor, e que, ali, “continha material para quatro ou cinco romances”. Da mesma forma, Aurélio Buarque de Holanda, em seu famoso dicionário, publicou seis verbetes extraídos, com menção, de Sobral do meu tempo.
Residindo em Brasília, desde 1974, foi eleito, em 2000, para a Academia Brasiliense de Letras, na vaga de Bernardo Ellis, ano em que ganhou o Prêmio Ideal Clube de Literatura com Rache o Procópio, livro de crônicas.
Em 2002, apresentou, em Lisboa, a edição portuguesa de Vida, paixão e morte de Etelvino Soares, merecendo elogios de Alice Raillard, dentre outros.
Em 2006, lançou, na residência de Paes de Andrade, embaixador do Brasil em Lisboa, a edição portuguesa de Clero, nobreza e povo de Sobral, com a presença do ex-presidente da República, Mário Soares, e de outras autoridades.
Em 2009, a edição portuguesa de Amor em tempo de seca, de contos, foi lançada na chancelaria brasileira, em Lisboa, quando foi saudada pelo escritor Antônio de Almeida Santos, prefaciador da obra, e na embaixada do Brasil em Cabo Verde, sob o comando da embaixadora Maria Dulce Silva Barros.
É, atualmente, autor de quase 30 títulos, colunista político do Diário do Nordeste, em Brasília, onde foi repórter de O Estado de S. Paulo e do Jornal da Tarde e cronista do Correio Braziliense.

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